E tudo começou com mais um dia ensolarado, e ridiculamente frio. Meus ossos doíam, e meu coração se mexia estranhamente dentro de mim. Batidas sem sentido, sem ritmo, quase como tudo em minha vida. A dor profunda que sentia no estômago não superavam o aperto no peito, mas mesmo assim me forcei a levantar, e afogar meu rosto na água fria, buscando apenas enxergar melhor. Quando abri meus olhos, me vi segurando aquela toalha roxa, e percebi o que essa tristeza estava fazendo comigo. Meus olhos estavam inchados, escuros, sem vida... O sorriso não queria aparecer, e as lágrimas se misturavam à água que lavava meu rosto e minha dor... Agarrei com mais força a toalha e aproximei-a de meu rosto, sentindo um perfume que há muito não sentia, e isso me encheu de uma alegria estranha, que me permitia tentar sorrir, e lembrar de coisas que havia esquecido. A maciez da toalha me lembrou o toque que naquele momento eu desejava, e levou a água e as lágrimas para longe de mim, me deixando um pouco mais leve.... com uma feição um tanto mais suave. Segui caminhando pela casa, percebendo que tudo dentro dela dormia, o que era muito diferente da inquietação que sentia, enraizada em minha alma.
Meus passos faziam eco pelo ar vazio da casa. Uma luz fez meu corpo virar sombra escura no chão, e olhando aquela janela pude sentir oq ue há muito não sentia. Sabe aquele sentimento, de que milhões de borboletas voam dentro do seu estômago, e que de repente uma luz escapa de seu olhar, e você fica sem ação? Essa sensação me invadiu naquele momento... é o que eu gosto de chamar de esperança. Você ainda sente, você ainda quer, você ainda deseja, você ainda ama, mas não sabe o quê, nem porque, mas no fundo o sentimento lateja, dizendo que você ainda tem muito tempo para descobrir. Você ainda vai conseguir. Basta tentar, e tentar não desistir.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
O vazio do sol
As manhãs não me parecem alegres,
E a luz do sol não mais me satisfaz.
Aquele vazio que eu sentia estar chegando,
Veio com tudo e levou meu coração,
Meus sonhos, o sorriso, o ar...
E eu acabei ficando assim, perdida.
Acho que no fundo, era pra ser assim.
Eu sabia o que ia acontecer, no momento em que coloquei o pé na estrada,
Mas o desejo de mudar, de fazer diferente, me fez continuar
Na estúpida tentativa de ser feliz, mesmo sabendo que a felicidade não é um destino.
Hoje eu queria que fosse... o meu destino, a minha sina... mas não é.
Eu buscava um sentido, uma felicidade impossível.
E eu só queria saber porque é tão difícil pra mim, me recolher...
Eu não consigo. Eu vou com tudo, e depois fico assim.
Ele se vai, e quando ele parte, leva tudo comigo.
O pior não é a sensação de ser invisível aos olhos daqueles que amo,
Mas saber que o que ele leva, nunca mais volta. Fica somente o vazio.
É a vontade de me sentir completa, que me torna vazia.
Essa vontade me deixa oca... sem sentido...morta.
E o choro dói, mas alivia a dor de um amor que te tortura, que te machuca...
Por mais que eu tente, eu não consigo. Esse é o meu caminho, e essa é a minha sina.
A felicidade aparece de quando em quando... mas hoje não é suficiente.
Hoje eu não consigo olhar para o sol, e saber que tudo vai ser melhor amanhã...
Hoje eu não sei sentir as cores do céu...
Hoje eu não sei como me alegrar simplesmente com um sorriso amigo...
Nada é suficiente hoje... porque só tem um sorriso que eu desejo, só uma risada que eu quero ouvir...
Existe somente um abraço que eu gostaria de receber... só uma pessoas eu desejo ter nas mãos.
E o mais triste é que é a única pessoa que nunca vai poder me dar o que quero...
Nunca vai me dar o que eu preciso...
Sempre vai me deixar sozinha...
Nunca vai estar aqui quando eu preciso. E isso é bem mais que fato comprovado.
Talvez eu devesse ser mais forte, mas porquê?!
Eu nem sempre tive a certeza completa e absoluta, e nem esperava ter...
Mas longe dele eu não tenho certeza alguma, não tenho nenhuma completude, não sou absoluta em nenhum sentido.
Queria correr para algum lugar bem longe, e não olhar pra ninguém, não sentir nada... Mas eu não consigo.
Eu grito calada, e rezo para que alguém esteja ouvindo. E nesse momento vejo mais claro que o dia, o sorriso de minha avó...
Aquela pessoa maravilhosa, que como tudo, foi destinada a me deixar.
Aquele abraço apertado, eu nunca mais vou sentir. Aquele sorriso eu nunca mais vou ver. Mas eu entendo... ela não pode.
O pior é o sorriso que se nega, é o amor egoísta, é o abraço que foge pra receber outros que não se importam.
O pior de tudo é essa sensação que eu tenho de que ele não precisa me dar nada, e mesmo assim eu peço. Mesmo assim eu desejo, e é tudo o que eu quero.
Nada nunca vai ser tão perfeito e bagunçado, nada nunca vai ser tão lindo e tão horrível, ninguém nunca vai ser tão amado e tão odiado.
-" Mas toda vez que eu procuro uma saída, acabo entrando sem querer na sua vida... Nem queria revirar esse sentimento revirado..."
- E aqui sentada, queria fechar os olhos e não abrir mais. Queria ver um sorriso, e me alegrar. No fundo eu sei que não vai acontecer! Mas tudo beeem... Na verdade não, mas eu supero
E a luz do sol não mais me satisfaz.
Aquele vazio que eu sentia estar chegando,
Veio com tudo e levou meu coração,
Meus sonhos, o sorriso, o ar...
E eu acabei ficando assim, perdida.
Acho que no fundo, era pra ser assim.
Eu sabia o que ia acontecer, no momento em que coloquei o pé na estrada,
Mas o desejo de mudar, de fazer diferente, me fez continuar
Na estúpida tentativa de ser feliz, mesmo sabendo que a felicidade não é um destino.
Hoje eu queria que fosse... o meu destino, a minha sina... mas não é.
Eu buscava um sentido, uma felicidade impossível.
E eu só queria saber porque é tão difícil pra mim, me recolher...
Eu não consigo. Eu vou com tudo, e depois fico assim.
Ele se vai, e quando ele parte, leva tudo comigo.
O pior não é a sensação de ser invisível aos olhos daqueles que amo,
Mas saber que o que ele leva, nunca mais volta. Fica somente o vazio.
É a vontade de me sentir completa, que me torna vazia.
Essa vontade me deixa oca... sem sentido...morta.
E o choro dói, mas alivia a dor de um amor que te tortura, que te machuca...
Por mais que eu tente, eu não consigo. Esse é o meu caminho, e essa é a minha sina.
A felicidade aparece de quando em quando... mas hoje não é suficiente.
Hoje eu não consigo olhar para o sol, e saber que tudo vai ser melhor amanhã...
Hoje eu não sei sentir as cores do céu...
Hoje eu não sei como me alegrar simplesmente com um sorriso amigo...
Nada é suficiente hoje... porque só tem um sorriso que eu desejo, só uma risada que eu quero ouvir...
Existe somente um abraço que eu gostaria de receber... só uma pessoas eu desejo ter nas mãos.
E o mais triste é que é a única pessoa que nunca vai poder me dar o que quero...
Nunca vai me dar o que eu preciso...
Sempre vai me deixar sozinha...
Nunca vai estar aqui quando eu preciso. E isso é bem mais que fato comprovado.
Talvez eu devesse ser mais forte, mas porquê?!
Eu nem sempre tive a certeza completa e absoluta, e nem esperava ter...
Mas longe dele eu não tenho certeza alguma, não tenho nenhuma completude, não sou absoluta em nenhum sentido.
Queria correr para algum lugar bem longe, e não olhar pra ninguém, não sentir nada... Mas eu não consigo.
Eu grito calada, e rezo para que alguém esteja ouvindo. E nesse momento vejo mais claro que o dia, o sorriso de minha avó...
Aquela pessoa maravilhosa, que como tudo, foi destinada a me deixar.
Aquele abraço apertado, eu nunca mais vou sentir. Aquele sorriso eu nunca mais vou ver. Mas eu entendo... ela não pode.
O pior é o sorriso que se nega, é o amor egoísta, é o abraço que foge pra receber outros que não se importam.
O pior de tudo é essa sensação que eu tenho de que ele não precisa me dar nada, e mesmo assim eu peço. Mesmo assim eu desejo, e é tudo o que eu quero.
Nada nunca vai ser tão perfeito e bagunçado, nada nunca vai ser tão lindo e tão horrível, ninguém nunca vai ser tão amado e tão odiado.
-" Mas toda vez que eu procuro uma saída, acabo entrando sem querer na sua vida... Nem queria revirar esse sentimento revirado..."
- E aqui sentada, queria fechar os olhos e não abrir mais. Queria ver um sorriso, e me alegrar. No fundo eu sei que não vai acontecer! Mas tudo beeem... Na verdade não, mas eu supero
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
A vontade de correr!
Acordo e sorrio para o sol que invade meu quarto e ilumina minha vida. As roupas não importam, e tudo o que eu quero é sair e caminhar, e sentir o brilho inundar a minha alma. Coloco aquela blusa vermelha de botões, um short jeans e calço meu all star, mais conhecido como aquele velho companheiro das melhores caminhadas da minha vida.
O cabelo ondulado cai, alcançando minha cintura, e os brincos amarelos transparecem a vontade de sorrir, escondendo o sorriso que ainda não quer se revelar.
As portas se abrem, e lá fora a natureza grita por mim, pedindo pra compartilhar essa beleza, que tanto parece ser reservada só para ela. Eu caminho, e meu coração faz música dentro de mim. E a batida acompanha o meu caminhar, que acelera como música que desesperadamente deseja crescer, e se tornar inesquecível.
E a caminhada não é mais suficiente, e eu vejo aquele sorriso no horizonte, tal como grande amor que me aguarda, e eu quase posso sentir aqueles braços me envolverem, e eu corro. Pela primeira vez, sem medo algum. Sem receio... e eu não me arrependo. Aqueles braços me tomam, e eu descubro o lugar ao qual pertenço... é aquele pescoço que se encaixa perfeitamente no meu, é aquele abraço que me aquece, é o sorriso que me alegra, é o beijo que me completa, são aquelas mãos que deslizam lentamente pelos meus cabelos, e fazem com que eu fique assim...
A felicidade realmente não é um destino, é uma condição... E descobrindo isso, eu percebo que sou feliz todos os dias, durante a maior parte deles.
E o mais importante não é ser feliz, mas viver do melhor jeito, buscando você mesmo e pessoas que te completem, tal como esse belo sorriso no horizonte. Nunca vi nada mais belo. É o sorriso tímido, que tenta se esconder, que tem medo de se mostrar, mas que sabe que sua revelação é o seu destino, é o caminho inevitável.
E tudo isso foi graças àquele sol, que eu permiti entrar em mim, e iluminar minha alma, que eu deixei me aquecer, e me levar por ele. É a felicidade em sua forma mais simples e sincera, essa que é inevitável.
O cabelo ondulado cai, alcançando minha cintura, e os brincos amarelos transparecem a vontade de sorrir, escondendo o sorriso que ainda não quer se revelar.
As portas se abrem, e lá fora a natureza grita por mim, pedindo pra compartilhar essa beleza, que tanto parece ser reservada só para ela. Eu caminho, e meu coração faz música dentro de mim. E a batida acompanha o meu caminhar, que acelera como música que desesperadamente deseja crescer, e se tornar inesquecível.
E a caminhada não é mais suficiente, e eu vejo aquele sorriso no horizonte, tal como grande amor que me aguarda, e eu quase posso sentir aqueles braços me envolverem, e eu corro. Pela primeira vez, sem medo algum. Sem receio... e eu não me arrependo. Aqueles braços me tomam, e eu descubro o lugar ao qual pertenço... é aquele pescoço que se encaixa perfeitamente no meu, é aquele abraço que me aquece, é o sorriso que me alegra, é o beijo que me completa, são aquelas mãos que deslizam lentamente pelos meus cabelos, e fazem com que eu fique assim...
A felicidade realmente não é um destino, é uma condição... E descobrindo isso, eu percebo que sou feliz todos os dias, durante a maior parte deles.
E o mais importante não é ser feliz, mas viver do melhor jeito, buscando você mesmo e pessoas que te completem, tal como esse belo sorriso no horizonte. Nunca vi nada mais belo. É o sorriso tímido, que tenta se esconder, que tem medo de se mostrar, mas que sabe que sua revelação é o seu destino, é o caminho inevitável.
E tudo isso foi graças àquele sol, que eu permiti entrar em mim, e iluminar minha alma, que eu deixei me aquecer, e me levar por ele. É a felicidade em sua forma mais simples e sincera, essa que é inevitável.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Take another little piece of my heart!
É como se cada vez que ele fosse embora, ele levasse um pequeno pedacinho do meu coração. Mas eu não sei quem é esse alguém, ou se é um alguém que carrega esse pedaço de mim, de forma escondida... sorrateira. Ele me invade com alegria, e desperta em mim as emoções mais adormecidas... e de repente ele se vai.
E a cada ida, levando um pedaço meu. E a cada retorno, meu enchendo novamente de esperança. Essa mesma esperança que é quebrada quando ele se vai.
E meus sentimentos se confundem, e eu fico cada vez mais, afundada nessas dúvidas que eu mesma criei. Como encontro meu caminho de volta se toda vez que encontro uma luz, essa luz teima em me deixar na escuridão das minhas mágoas?!
Hoje li uma frase que estranhamente se aplica a todas as situações da vida. "é através do espaço de escuta e fala proporcionado pela psicodinâmica do trabalho, que os analistas são capazes de colocar em foco, o sofrimento do trabalhador, tentando realizar mudanças na organização do trabalho." No momento, não me lembro em que texto li isso, mas lembro de ter lido.
É estranho como essa falta de espaço de fala e escuta, nos deixa sozinhos com nossos sofrimentos. E nada parece aliviar. Existe um diálogo que fala bastante sobre a dor e como ela é capaz de transformar dores maiores, em algo mais leve que o sofrimento. O filme 28 dias, com a Sandra Bullock fala muito disso. Ela interpreta um papel de uma acoolatra, que se interna em uma clinica de reabilitação depois de arruinar o casamento da irmã mais velha. Lá, ela encontra sua companheira de quarto, Andrea, que é viciada em heroína. Um belo dia, ela encontra Andrea dentro do banheiro, sentada num canto, quase que desmaiada com um pedaço de vidro na mão, e a perna exibindo um profundo corte que derramava sangue pelo chão branco do banheiro.
-Oh meu Deus, temos que chamar alguém! Enfermeira! - diz a colega com um choro preocupado escondido.
-Não, por favor, não chame ninguém, eles vão me expulsar. - e assim ninguém chama ninguém e as duas permanecem no quarto, fumando e mascando chiclete. Andrea se vira para a colega e diz:
- Eu não estava tentando me matar... é só algo que eu faço.
-Dói?!
-É melhor...
-Melhor que o quê?!
- Melhor que todo o resto.
É aquele sofrimento transformado em algo que dói, mas parece melhor. Te fazer esquecer daquele sofrimento anterior, que com certeza te fazia sofrer mais. É o ferro quente que queima sua pele, é a lâmina fina que rasga a sua carne, é a água e todos os comprimidos que te preenchem. Mas te preenchem com um vazio. E o vazio já estava lá.
E a cada ida, levando um pedaço meu. E a cada retorno, meu enchendo novamente de esperança. Essa mesma esperança que é quebrada quando ele se vai.
E meus sentimentos se confundem, e eu fico cada vez mais, afundada nessas dúvidas que eu mesma criei. Como encontro meu caminho de volta se toda vez que encontro uma luz, essa luz teima em me deixar na escuridão das minhas mágoas?!
Hoje li uma frase que estranhamente se aplica a todas as situações da vida. "é através do espaço de escuta e fala proporcionado pela psicodinâmica do trabalho, que os analistas são capazes de colocar em foco, o sofrimento do trabalhador, tentando realizar mudanças na organização do trabalho." No momento, não me lembro em que texto li isso, mas lembro de ter lido.
É estranho como essa falta de espaço de fala e escuta, nos deixa sozinhos com nossos sofrimentos. E nada parece aliviar. Existe um diálogo que fala bastante sobre a dor e como ela é capaz de transformar dores maiores, em algo mais leve que o sofrimento. O filme 28 dias, com a Sandra Bullock fala muito disso. Ela interpreta um papel de uma acoolatra, que se interna em uma clinica de reabilitação depois de arruinar o casamento da irmã mais velha. Lá, ela encontra sua companheira de quarto, Andrea, que é viciada em heroína. Um belo dia, ela encontra Andrea dentro do banheiro, sentada num canto, quase que desmaiada com um pedaço de vidro na mão, e a perna exibindo um profundo corte que derramava sangue pelo chão branco do banheiro.
-Oh meu Deus, temos que chamar alguém! Enfermeira! - diz a colega com um choro preocupado escondido.
-Não, por favor, não chame ninguém, eles vão me expulsar. - e assim ninguém chama ninguém e as duas permanecem no quarto, fumando e mascando chiclete. Andrea se vira para a colega e diz:
- Eu não estava tentando me matar... é só algo que eu faço.
-Dói?!
-É melhor...
-Melhor que o quê?!
- Melhor que todo o resto.
É aquele sofrimento transformado em algo que dói, mas parece melhor. Te fazer esquecer daquele sofrimento anterior, que com certeza te fazia sofrer mais. É o ferro quente que queima sua pele, é a lâmina fina que rasga a sua carne, é a água e todos os comprimidos que te preenchem. Mas te preenchem com um vazio. E o vazio já estava lá.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Uma paixão descabida e sem sentido
E tudo entrou em parafuso. Nada mais é a mesma coisa, e eu vou me distanciando de mim mesma, como se isso fosse normal. Estar com alguém que exige a pior versão de você, faz com que as confusões sejam ainda maiores.
Para mim não existem partes.. existe um todo. Aquele todo que eu amo, como se fosse uma trouxa pronta para a uma longa viagem. Um pacote que leva o essencial e coisas que sem motivo, não sabemos viver sem. As manias, as loucuras, as fraquezas, as arrogâncias, as lágrimas e os sorrisos.
Quando fui ferida e afastada, amei. Quando abri meus braços para ficar parada sozinha, contemplando a solidão de minha alma que se juntava as minhas inseguranças, num frio cortante, amei. Quando caminhamos de mãos dadas, e sorrimos ao nos beijar, amei com todo o meu coração.
Foi naquele momento em que o vi parado, com sua mão tocando seu nariz, e a outra no bolso de sua calça levemente apertada. A boina e a regata branca lhe davam um olhar misterioso, que facilmente me cativou.
Eu estava deitada no sofá, de short verde e blusa preta, sentindo um vazio enorme quando ele me telefonou pela primeira vez. Era incrível como sua voz fazia meu coração acelerar, e todo o meu corpo estremecer.
Desci as escadas ao lado de minha amiga, e juntas penetramos o escuro da festa, vendo as pessoas dançarem e todas aquelas luzes piscarem. O vi passar de relance, mas tentei ignorar o quanto meu rosto parecia avermelhar-se. Apenas sorri e reuni-me com meus amigos.
Mas o momento que nunca sai da minha cabeça, foi aquele em que eu caminhei em sua direção, e de repente, sinto um toque caloroso em minha mão, e sinto uma força me parar pela cintura. Essa mão calorosa, subiu da minha cintura para o meu rosto. Senti aquele toque caloroso, firme... e ao mesmo tempo carinhoso, que me fez inevitavelmente fechar meus olhos. Apenas senti o calor daqueles lábios e senti uma onda de sensações bastante distintas. E tudo isso que ocorreu em alguns poucos segundos, fez com que eu me apaixonasse.
Me apaixonasse pela sensação, pela situação, pela alegria, pela independência emocional que me invadia. O não compromisso, a não obrigatoriedade de ser recíproco. Foi essa, a parte mais apaixonante e emocionante.
Para mim não existem partes.. existe um todo. Aquele todo que eu amo, como se fosse uma trouxa pronta para a uma longa viagem. Um pacote que leva o essencial e coisas que sem motivo, não sabemos viver sem. As manias, as loucuras, as fraquezas, as arrogâncias, as lágrimas e os sorrisos.
Quando fui ferida e afastada, amei. Quando abri meus braços para ficar parada sozinha, contemplando a solidão de minha alma que se juntava as minhas inseguranças, num frio cortante, amei. Quando caminhamos de mãos dadas, e sorrimos ao nos beijar, amei com todo o meu coração.
Foi naquele momento em que o vi parado, com sua mão tocando seu nariz, e a outra no bolso de sua calça levemente apertada. A boina e a regata branca lhe davam um olhar misterioso, que facilmente me cativou.
Eu estava deitada no sofá, de short verde e blusa preta, sentindo um vazio enorme quando ele me telefonou pela primeira vez. Era incrível como sua voz fazia meu coração acelerar, e todo o meu corpo estremecer.
Desci as escadas ao lado de minha amiga, e juntas penetramos o escuro da festa, vendo as pessoas dançarem e todas aquelas luzes piscarem. O vi passar de relance, mas tentei ignorar o quanto meu rosto parecia avermelhar-se. Apenas sorri e reuni-me com meus amigos.
Mas o momento que nunca sai da minha cabeça, foi aquele em que eu caminhei em sua direção, e de repente, sinto um toque caloroso em minha mão, e sinto uma força me parar pela cintura. Essa mão calorosa, subiu da minha cintura para o meu rosto. Senti aquele toque caloroso, firme... e ao mesmo tempo carinhoso, que me fez inevitavelmente fechar meus olhos. Apenas senti o calor daqueles lábios e senti uma onda de sensações bastante distintas. E tudo isso que ocorreu em alguns poucos segundos, fez com que eu me apaixonasse.
Me apaixonasse pela sensação, pela situação, pela alegria, pela independência emocional que me invadia. O não compromisso, a não obrigatoriedade de ser recíproco. Foi essa, a parte mais apaixonante e emocionante.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Just this
É como se o meu peito carregasse um peso que não aguenta mais. É a dor, que se mistura com tristeza e uma felicidade que quer brotar mas não consegue. É dificil entender como tudo vai se complicando e se enrolando, e quando nos damos conta do que se passa fora da nossa bolha de egoísmo, é muito tarde pra consertar... pra voltar atrás. É impossível voltar atrás.
Aí vocô olha, tudo aquilo que você sempre quis, indo embora... fugindo das suas mãos... fora do seu controle. E você se pergunta o que fazer... e o silêncio machuca, e te deixa sem fala... sem ação.
É aquela saudade de quando eu sorria, e subia nas árvores, e olhava naqueles olhos e sabia que aquilo era o que eu queria. É a saudade de correr na chuva, sem medo de me molhar, de cair na lama e rir, de pular pro braço que mais me confortava.
Saudade inútil, que não diz nada... Que não leva a nada. E não é justo sentir essa saudade. Não é justo comigo.
Foi a tanto tempo... essa felicidade, essa saudade... esse amor... aquele carinho.
E fica a pergunta que mais me tocou nas últimas semanas. "quem vai me levar pra casa?!"
Aí vocô olha, tudo aquilo que você sempre quis, indo embora... fugindo das suas mãos... fora do seu controle. E você se pergunta o que fazer... e o silêncio machuca, e te deixa sem fala... sem ação.
É aquela saudade de quando eu sorria, e subia nas árvores, e olhava naqueles olhos e sabia que aquilo era o que eu queria. É a saudade de correr na chuva, sem medo de me molhar, de cair na lama e rir, de pular pro braço que mais me confortava.
Saudade inútil, que não diz nada... Que não leva a nada. E não é justo sentir essa saudade. Não é justo comigo.
Foi a tanto tempo... essa felicidade, essa saudade... esse amor... aquele carinho.
E fica a pergunta que mais me tocou nas últimas semanas. "quem vai me levar pra casa?!"
And in the end... it's all so real.
Breathe (Feat. Colbie Caillat)
Taylor Swift
Composição: Taylor Swift / Colbie Caillat'Cause none of us thought it was gonna end that way
People are people
And sometimes we change our minds
But it's killing me to see you go after all this time
Mmm mmm mmm
Mmm mmm mmm mmm mmm
Mmm mmm mmm
Mmm mmm mmm mmm mmm
Music starts playin' like the end of a sad movie
It's the kinda ending you don't really wanna see
'Cause it's tragedy and it'll only bring you down
Now I don't know what to be without you around
And we know it's never simple
Never easy
Never a clean break, no one here to save me
You're the only thing I know like the back of my hand
And I can't
Breathe
Without you
But I have to
Breathe
Without you
But I have to
Never wanted this, never wanna see you hurt
Every little bump in the road I tried to swerve
But people are people
And sometimes it doesn't work out
Nothing we say is gonna save us from the fall out
And we know it's never simple
Never easy
Never a clean break, no one here to save me
You're the only thing I know like the back of my hand
And I can't
Breathe
Without you
But I have to
Breathe
Without you
But I have to
It's two a.m.
Feelin' like I just lost a friend
Hope you know it's not easy
Easy for me
It's two a.m
Feelin' like I just lost a friend
Hope you know this ain't easy
Easy for me
And we know it's never simple
Never easy
Never a clean break, no one here to save me
Oh...
I can't
Breathe
Without you
But I have to
Breathe
Without you
But I have to
Sorry (oh) Sorry (mmm)
Sorry (eh eh) Sorry (mmm)
Sorry (eh eh) Sorry (mmm)
Sorry.
sábado, 13 de novembro de 2010
That's how I feel sometimes
Cant' Be Love
Laura Izibor
They say love is supposed to set you free
Give you wings to fly
They say love is supposed to hold the key
To life and eternity
Ba da ba da da ba da da
So when the party's over
You suddenly get colder
And I need someone to hold me tight
And tell me everything is gonna be alright
Can't be love
'cos I'm not feeling
And it ain't enough
I don't believe
Oh, believe in love
I don't believe in love
I don't believe in love
They say love has all the answers
To the questions
Well baby, I'm still lost
'cos I don't understand
Ba da ba da da ba da da
So you can tell me that you love me
A thousand times
But for you to show me
You couldn't even if you tried
Can't be love
'cos I'm not feeling
And it ain't enough
I don't believe
Oh, believe in love
Said, I don't believe in love
Believe in love
Oh, I don't believe in love
Ohhh
On the outside
I know that it would make sense
On the inside, baby
It feels strange
You go your way
I go my way
'cos it can't be
Can't be love
'cos I'm not feeling
No, no, no
And it ain't enough
I don't believe
No, no, no
Can't be love
Yeah, yeah
Can't be love
No, no, no
Can't be love
Can't be love
Ohh
It can't be love
Give you wings to fly
They say love is supposed to hold the key
To life and eternity
Ba da ba da da ba da da
So when the party's over
You suddenly get colder
And I need someone to hold me tight
And tell me everything is gonna be alright
Can't be love
'cos I'm not feeling
And it ain't enough
I don't believe
Oh, believe in love
I don't believe in love
I don't believe in love
They say love has all the answers
To the questions
Well baby, I'm still lost
'cos I don't understand
Ba da ba da da ba da da
So you can tell me that you love me
A thousand times
But for you to show me
You couldn't even if you tried
Can't be love
'cos I'm not feeling
And it ain't enough
I don't believe
Oh, believe in love
Said, I don't believe in love
Believe in love
Oh, I don't believe in love
Ohhh
On the outside
I know that it would make sense
On the inside, baby
It feels strange
You go your way
I go my way
'cos it can't be
Can't be love
'cos I'm not feeling
No, no, no
And it ain't enough
I don't believe
No, no, no
Can't be love
Yeah, yeah
Can't be love
No, no, no
Can't be love
Can't be love
Ohh
It can't be love
terça-feira, 9 de novembro de 2010
alone in the dark ;/
Parece que todo o otimismo que me preenchia foi embora. Toda aquela alegria sumiu, e deu lugar a um vazio que abre um vão em meu peito, e me impede de respirar. O coração não se contenta em bater, e eu não mais me contento em respirar... Preciso de mais. Mais o quê?!
Sinto falta da inocência e ingenuidade que me era características quando criança. De como o meu sorriso era imbatível, e de como meus amigos nunca me deixavam. Tudo isso cessou, quando o meu melhor amigo me deixou.
Meu pai foi embora quando eu tinha uns 5 ou 6 anos... Talvez tivesse até mais que isso, mas para justificar essa tristeza que perdura pelos anos, sinto que meu inconsciente me prega a peça de diminuir minha idade. Ele foi embora. Simples assim.
Deixou minha mãe e minhas outras três irmãs para trás, como se fosse algo que todos fizessem... como se fosse normal. Meu pai sempre foi uma figura autoritária, impassiva... mas não comigo. Ele sorria, me pegava no colo, me contava longas histórias mal contadas, tentando aliviar meu pranto de saudade durante as longas viagens de trabalho de minha mãe.
Me comprava meus biscoitos favoritos e me dava brinquedos maravilhosos, que como num passe de mágica eram destruídos por minhas pequenas mãos, que pareciam ter como único objetivo quebrar tudo o que tocasse. Dom cruel esse, que continua comigo até os dias de hoje.
No dia em que meu pai foi embora, ele sentou-me no colo, e reuniu todas as minhas irmãs no quartos das minhas duas irmças mais velhas. Com uma pequena mala nas mãos, disse que estava indo embora, ou algo do tipo. Não me lembro das palavras exatas, mas lembro da sensação de sufocamento... da tristeza cortante que nos separava.
Ele virou de costas e segui a caminho do portão de madeira que protegia a casa. Já não me lembro mais quantas horas permaneci ali, olhando aquele portão, e esperando que ele voltasse e me dissesse que ele ainda me amava, que ainda amava a minha mãe, e que tudo ficaria bem. Por anos e anos me perguntei o que eu tinha feito para que ele fosse embora.
Anos e anos depois, quando já entendia o acontecido, e de certa forma aceitava... Me peguei fantasiando sobre grandes amores, e paixões que poderiam aparecer em minha vida. Foram tantas... mal resolvidas, intensas e brutais. Tantos enganos, e tantos abandonos. Cada um deles me rejeitou de alguma forma. E não sei porque... toda vez que algo dá errado, sinto o mesmo sufocamento, e a sensação de separação que machuca fisicamente. Sinto vontade de gritar pelo meu pai, e me vejo sonhando com o seu retorno, para me tirar de toda a confusão da minha mente, de tudo o que me machuca.
Hoje só queria pensar, e refletir... descansar a mente. Mas não consigo. Não me permito. Hoje foi como se o meu coração pedisse pelo colo daquele que um dia me deixou pra não voltar mais. Como se somente ele fosse capaz de me tirar da bagunça que é a minha vida... Mas ele não vem. E eu não consigo me erguer e caminhar... e voltar pra casa.
Queria que tudo fosse mágico, como na minha mente fértil e fantasiosa da infância. Queria que minha inocência fosse capaz de domar meus medos e inseguranças. Queria que a minha ingenuidade não mais fosse traída, ferida, machucada. Queria poder confiar, amar, sorrir, ser feliz e me apaixonar. Queria parar de ver as confirmações dos meus erros estampados logo ali... na minha frente. Só desejo dar o maior amor que posso, para a única que pessoa que merece e não o recebe. Eu.
Sinto falta da inocência e ingenuidade que me era características quando criança. De como o meu sorriso era imbatível, e de como meus amigos nunca me deixavam. Tudo isso cessou, quando o meu melhor amigo me deixou.
Meu pai foi embora quando eu tinha uns 5 ou 6 anos... Talvez tivesse até mais que isso, mas para justificar essa tristeza que perdura pelos anos, sinto que meu inconsciente me prega a peça de diminuir minha idade. Ele foi embora. Simples assim.
Deixou minha mãe e minhas outras três irmãs para trás, como se fosse algo que todos fizessem... como se fosse normal. Meu pai sempre foi uma figura autoritária, impassiva... mas não comigo. Ele sorria, me pegava no colo, me contava longas histórias mal contadas, tentando aliviar meu pranto de saudade durante as longas viagens de trabalho de minha mãe.
Me comprava meus biscoitos favoritos e me dava brinquedos maravilhosos, que como num passe de mágica eram destruídos por minhas pequenas mãos, que pareciam ter como único objetivo quebrar tudo o que tocasse. Dom cruel esse, que continua comigo até os dias de hoje.
No dia em que meu pai foi embora, ele sentou-me no colo, e reuniu todas as minhas irmãs no quartos das minhas duas irmças mais velhas. Com uma pequena mala nas mãos, disse que estava indo embora, ou algo do tipo. Não me lembro das palavras exatas, mas lembro da sensação de sufocamento... da tristeza cortante que nos separava.
Ele virou de costas e segui a caminho do portão de madeira que protegia a casa. Já não me lembro mais quantas horas permaneci ali, olhando aquele portão, e esperando que ele voltasse e me dissesse que ele ainda me amava, que ainda amava a minha mãe, e que tudo ficaria bem. Por anos e anos me perguntei o que eu tinha feito para que ele fosse embora.
Anos e anos depois, quando já entendia o acontecido, e de certa forma aceitava... Me peguei fantasiando sobre grandes amores, e paixões que poderiam aparecer em minha vida. Foram tantas... mal resolvidas, intensas e brutais. Tantos enganos, e tantos abandonos. Cada um deles me rejeitou de alguma forma. E não sei porque... toda vez que algo dá errado, sinto o mesmo sufocamento, e a sensação de separação que machuca fisicamente. Sinto vontade de gritar pelo meu pai, e me vejo sonhando com o seu retorno, para me tirar de toda a confusão da minha mente, de tudo o que me machuca.
Hoje só queria pensar, e refletir... descansar a mente. Mas não consigo. Não me permito. Hoje foi como se o meu coração pedisse pelo colo daquele que um dia me deixou pra não voltar mais. Como se somente ele fosse capaz de me tirar da bagunça que é a minha vida... Mas ele não vem. E eu não consigo me erguer e caminhar... e voltar pra casa.
Queria que tudo fosse mágico, como na minha mente fértil e fantasiosa da infância. Queria que minha inocência fosse capaz de domar meus medos e inseguranças. Queria que a minha ingenuidade não mais fosse traída, ferida, machucada. Queria poder confiar, amar, sorrir, ser feliz e me apaixonar. Queria parar de ver as confirmações dos meus erros estampados logo ali... na minha frente. Só desejo dar o maior amor que posso, para a única que pessoa que merece e não o recebe. Eu.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Pegadas no Caminho
Algumas vezes no dia, páro para pensar sobre os caminhos que tomei para chegar onde estou agora. Quando caminhamos, nossas pegadas vão sendo deixadas para trás, mostrando a nós mesmos e aos outros o que nós fizemos, as decisões que tomamos, os tropeções que nós demos... Olhando hoje para trás, percorrendo novamente a mesma estrada, observo pegadas profundas, que me mostram o tempo que fiquei parada, talvez triste, sem ação, lamentando o tempo perdido. Caminhando mais para frente, vejo passos curtos como se andasse muito devagar. Outros passos, largos, como se corresse, tal como criança imatura e medrosa que foge de um terrível pesadelo. Mas muito além, ví as marcas dos saltos que dei, como corredor habilidoso que orgulhosamente salta por cima dos obstáculos. Ví o arrastar dos passos, onde a tristeza e o cansaço faziam pesar-me as pernas. Ví os pulos de alegria, frente a vitórias próprias e alheias.
Engraçado como quando caminhamos ao lado de nossas próprias pegadas, observamos tantas coisas, e ao mesmo tempo, nada. O que importa não é a quantidade de paradas realizadas, me mostrando minhas fraquezas, ou quantas vezes pulei sobre os obstáculos, me enchendo de orgulho.
O que importa é que eram pequenos pés, que tornaram-se grandes e fortes. O que importa é quantas vezes agradeci pela caminhada, quantas vezes amei, ri, chorei... O mais importante é que continuei. Não me arrependo de nada, pois as mínimas decisões me colocaram no lugar em que me encontro hoje.
É como disse Anna Freud: "A cada dia que passa eu acho que a vida é melhor do que eu esperava."
Engraçado como quando caminhamos ao lado de nossas próprias pegadas, observamos tantas coisas, e ao mesmo tempo, nada. O que importa não é a quantidade de paradas realizadas, me mostrando minhas fraquezas, ou quantas vezes pulei sobre os obstáculos, me enchendo de orgulho.
O que importa é que eram pequenos pés, que tornaram-se grandes e fortes. O que importa é quantas vezes agradeci pela caminhada, quantas vezes amei, ri, chorei... O mais importante é que continuei. Não me arrependo de nada, pois as mínimas decisões me colocaram no lugar em que me encontro hoje.
É como disse Anna Freud: "A cada dia que passa eu acho que a vida é melhor do que eu esperava."
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A Happy Day...Ooh Happy Day! ;)
Chegou a cozinha, abriu a geladeira e alcançou uma linda jarra de vidro. Na jarra, um suco feito no dia anterior descansava na metade da jarra.
Lyla bebeu um copo do suco e correu para o andar de cima novamente, tirando toda a roupa e pulando dentro da banheira cheia de água quente. Nossa... como aquela sensação era boa. Ficou ali, olhando a espuma que flutuava por cima da água, brincando sozinha por alguns instantes. Levantou-se e dirigiu-se ao quarto.
Abrindo as portas do armário viu todas as roupas descansando em seus cabides, e agarrou uma blusa laranja, uma calça jeans bastante simples e confortável, e um casacão branco. Pulou com seus pés dentro do tênis branco e correu pelas escadas, porta a fora.
O sol brilhava cada vez mais distante, e Lyla andava depressa pelas ruas... mas podia esperar pelo grande dia que queria viver. A porta da cafeteria estava aberta, e Lyla começou a se perguntar porque nunca havia entrado naquele lugar e tomado um bom café. Bom... talvez porque ela nõ gostasse de café... Mas como?
Lyla não se lembrava de quando fora a primeira e última vez em que havia tomado um café. Lembrou-se de quando ficava encolhida no sofá da casa de sua mãe, assistindo aos programas na TV e via tantas pessoas felizes tomando café. Será que café teria o gosto que ela imaginava? Um gosto tão maravilhoso que transformaria qualquer tristeza em um sorriso? Aah...! porque não tentar?!
Lyla entrou na cafeteria, sentou-se na primeira mesa vazia que viu e pediu um café com bastaante chantilly. No primeiro gole, o calor invadiu sua boca e sua garganta e o gosto horrível veio em cheio. Nossa... essa era a razão pela qual ela nunca tinha tomado café e tinha feito questão de esquecer a única vez em que tomou. O gosto não era nada agradável.
Mesmo assim, Lyla sorriu e continuou sua caminhada. Lembrou do MP4 em seu bolso, e tratou de ligá-lo com rapidez. Colocou os fones e pensou: - Que música seria perfeita para o meu dia? Que música poderia fazer com que esse dia fosse o melhor de todos?
Passou a lista de reprodução no aparelho com rapidez, tentando lembrar de cada música pelo nome. Uma música pode transformar o seu dia, e te dizer com pequenas palavras e lindar melodias, tudo o que há de mais maravilhoso ao nosso redor, mas que o nosso sofrimento, nosso egoísmo, não nos deixam ver.
Lyla sorriu ao ler o nome da música, colocou o aparelho no volume máximo e saiu caminhando desengonçada pelas ruas, enquanto sua alegria invadia cada fresta de cada janela de cada casa. Essa é a beleza de viver. São as pequenas coisas que fazem com que cada dia seu seja inesquecível. São as palavras, os pensamentos, os sentimentos que fazem com que haja magia no mundo.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
The Darkest Hour ;/
Eu estava sentada encarando minha janela. Meus longos cabelos lisos e escuros caíam alcançando minha cintura. Abraçando minhas próprias pernas eu tremia. A janela se mantinha aberta, permitindo que o vento frio e calmo da madrugada acariciasse meu rosto. Os olhos fixos na mesma direção.
-Como minha vida pode ter mudado tanto?- eu me perguntava enquanto mantinha o olhar fixo no horizonte.
-Porquê o horizonte? - talvez porque o horizonte me dê uma sensação de esperança. Por ser vasto, infinito... Mas porque busco sentir isso? Porque o infinito? - a esperança é o que nos faz levantar, caminhar, respirar... e o que melhor que o infinito para nos dar esperança?
A sensação de infinito, de que nada nunca acaba me conforta. Minha vida mudou tanto, que não tenho mais certeza se era mesmo isso que eu queria. Mas a tristeza que isso me traz, e toda a agonia de repente, quando encaro o horizonte, se transformam em calma e esperança, ao imaginar que existem infinitos caminhos que posso seguir, milhares de possibilidades, infinitos rumos que minha vida pode tomar. O amor que eu sentia antes não é o mesmo. A alegria que antes me dominava, se foi. Mas sei que isso não é para sempre.
Por mais que eu me sinta perdida, sei que tudo vai passar. Ainda vou encontrar o meu caminho. Por mais que hoje eu sinta dor, preciso acreditar que tudo vira paz e calma.
Foi encarando o horizonte numa fria madrugada, que minhas lágrimas se transformaram em um sorriso, e minha dor virou alegria. Porque foi ali sentada na beira da janela, agarrada às minhas próprias pernas, sentindo o carinho frio do vento que delicadamente esvoaçava meus cabelos, usando nada além de um longo, grosso e macio roupão branco, que eu descobri...
Descobri que a hora mais escura da noite, é aquela logo antes do amanhecer.
-Como minha vida pode ter mudado tanto?- eu me perguntava enquanto mantinha o olhar fixo no horizonte.
-Porquê o horizonte? - talvez porque o horizonte me dê uma sensação de esperança. Por ser vasto, infinito... Mas porque busco sentir isso? Porque o infinito? - a esperança é o que nos faz levantar, caminhar, respirar... e o que melhor que o infinito para nos dar esperança?
A sensação de infinito, de que nada nunca acaba me conforta. Minha vida mudou tanto, que não tenho mais certeza se era mesmo isso que eu queria. Mas a tristeza que isso me traz, e toda a agonia de repente, quando encaro o horizonte, se transformam em calma e esperança, ao imaginar que existem infinitos caminhos que posso seguir, milhares de possibilidades, infinitos rumos que minha vida pode tomar. O amor que eu sentia antes não é o mesmo. A alegria que antes me dominava, se foi. Mas sei que isso não é para sempre.
Por mais que eu me sinta perdida, sei que tudo vai passar. Ainda vou encontrar o meu caminho. Por mais que hoje eu sinta dor, preciso acreditar que tudo vira paz e calma.
Foi encarando o horizonte numa fria madrugada, que minhas lágrimas se transformaram em um sorriso, e minha dor virou alegria. Porque foi ali sentada na beira da janela, agarrada às minhas próprias pernas, sentindo o carinho frio do vento que delicadamente esvoaçava meus cabelos, usando nada além de um longo, grosso e macio roupão branco, que eu descobri...
Descobri que a hora mais escura da noite, é aquela logo antes do amanhecer.
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