Algumas vezes no dia, páro para pensar sobre os caminhos que tomei para chegar onde estou agora. Quando caminhamos, nossas pegadas vão sendo deixadas para trás, mostrando a nós mesmos e aos outros o que nós fizemos, as decisões que tomamos, os tropeções que nós demos... Olhando hoje para trás, percorrendo novamente a mesma estrada, observo pegadas profundas, que me mostram o tempo que fiquei parada, talvez triste, sem ação, lamentando o tempo perdido. Caminhando mais para frente, vejo passos curtos como se andasse muito devagar. Outros passos, largos, como se corresse, tal como criança imatura e medrosa que foge de um terrível pesadelo. Mas muito além, ví as marcas dos saltos que dei, como corredor habilidoso que orgulhosamente salta por cima dos obstáculos. Ví o arrastar dos passos, onde a tristeza e o cansaço faziam pesar-me as pernas. Ví os pulos de alegria, frente a vitórias próprias e alheias.
Engraçado como quando caminhamos ao lado de nossas próprias pegadas, observamos tantas coisas, e ao mesmo tempo, nada. O que importa não é a quantidade de paradas realizadas, me mostrando minhas fraquezas, ou quantas vezes pulei sobre os obstáculos, me enchendo de orgulho.
O que importa é que eram pequenos pés, que tornaram-se grandes e fortes. O que importa é quantas vezes agradeci pela caminhada, quantas vezes amei, ri, chorei... O mais importante é que continuei. Não me arrependo de nada, pois as mínimas decisões me colocaram no lugar em que me encontro hoje.
É como disse Anna Freud: "A cada dia que passa eu acho que a vida é melhor do que eu esperava."
Você que faz psicologia..
ResponderExcluirSaudade serve pra que?
xD
A vida pede isso, continuar...
ResponderExcluire a gente segue na dinâmica caminhada. [=