E tudo começou com mais um dia ensolarado, e ridiculamente frio. Meus ossos doíam, e meu coração se mexia estranhamente dentro de mim. Batidas sem sentido, sem ritmo, quase como tudo em minha vida. A dor profunda que sentia no estômago não superavam o aperto no peito, mas mesmo assim me forcei a levantar, e afogar meu rosto na água fria, buscando apenas enxergar melhor. Quando abri meus olhos, me vi segurando aquela toalha roxa, e percebi o que essa tristeza estava fazendo comigo. Meus olhos estavam inchados, escuros, sem vida... O sorriso não queria aparecer, e as lágrimas se misturavam à água que lavava meu rosto e minha dor... Agarrei com mais força a toalha e aproximei-a de meu rosto, sentindo um perfume que há muito não sentia, e isso me encheu de uma alegria estranha, que me permitia tentar sorrir, e lembrar de coisas que havia esquecido. A maciez da toalha me lembrou o toque que naquele momento eu desejava, e levou a água e as lágrimas para longe de mim, me deixando um pouco mais leve.... com uma feição um tanto mais suave. Segui caminhando pela casa, percebendo que tudo dentro dela dormia, o que era muito diferente da inquietação que sentia, enraizada em minha alma.
Meus passos faziam eco pelo ar vazio da casa. Uma luz fez meu corpo virar sombra escura no chão, e olhando aquela janela pude sentir oq ue há muito não sentia. Sabe aquele sentimento, de que milhões de borboletas voam dentro do seu estômago, e que de repente uma luz escapa de seu olhar, e você fica sem ação? Essa sensação me invadiu naquele momento... é o que eu gosto de chamar de esperança. Você ainda sente, você ainda quer, você ainda deseja, você ainda ama, mas não sabe o quê, nem porque, mas no fundo o sentimento lateja, dizendo que você ainda tem muito tempo para descobrir. Você ainda vai conseguir. Basta tentar, e tentar não desistir.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
O vazio do sol
As manhãs não me parecem alegres,
E a luz do sol não mais me satisfaz.
Aquele vazio que eu sentia estar chegando,
Veio com tudo e levou meu coração,
Meus sonhos, o sorriso, o ar...
E eu acabei ficando assim, perdida.
Acho que no fundo, era pra ser assim.
Eu sabia o que ia acontecer, no momento em que coloquei o pé na estrada,
Mas o desejo de mudar, de fazer diferente, me fez continuar
Na estúpida tentativa de ser feliz, mesmo sabendo que a felicidade não é um destino.
Hoje eu queria que fosse... o meu destino, a minha sina... mas não é.
Eu buscava um sentido, uma felicidade impossível.
E eu só queria saber porque é tão difícil pra mim, me recolher...
Eu não consigo. Eu vou com tudo, e depois fico assim.
Ele se vai, e quando ele parte, leva tudo comigo.
O pior não é a sensação de ser invisível aos olhos daqueles que amo,
Mas saber que o que ele leva, nunca mais volta. Fica somente o vazio.
É a vontade de me sentir completa, que me torna vazia.
Essa vontade me deixa oca... sem sentido...morta.
E o choro dói, mas alivia a dor de um amor que te tortura, que te machuca...
Por mais que eu tente, eu não consigo. Esse é o meu caminho, e essa é a minha sina.
A felicidade aparece de quando em quando... mas hoje não é suficiente.
Hoje eu não consigo olhar para o sol, e saber que tudo vai ser melhor amanhã...
Hoje eu não sei sentir as cores do céu...
Hoje eu não sei como me alegrar simplesmente com um sorriso amigo...
Nada é suficiente hoje... porque só tem um sorriso que eu desejo, só uma risada que eu quero ouvir...
Existe somente um abraço que eu gostaria de receber... só uma pessoas eu desejo ter nas mãos.
E o mais triste é que é a única pessoa que nunca vai poder me dar o que quero...
Nunca vai me dar o que eu preciso...
Sempre vai me deixar sozinha...
Nunca vai estar aqui quando eu preciso. E isso é bem mais que fato comprovado.
Talvez eu devesse ser mais forte, mas porquê?!
Eu nem sempre tive a certeza completa e absoluta, e nem esperava ter...
Mas longe dele eu não tenho certeza alguma, não tenho nenhuma completude, não sou absoluta em nenhum sentido.
Queria correr para algum lugar bem longe, e não olhar pra ninguém, não sentir nada... Mas eu não consigo.
Eu grito calada, e rezo para que alguém esteja ouvindo. E nesse momento vejo mais claro que o dia, o sorriso de minha avó...
Aquela pessoa maravilhosa, que como tudo, foi destinada a me deixar.
Aquele abraço apertado, eu nunca mais vou sentir. Aquele sorriso eu nunca mais vou ver. Mas eu entendo... ela não pode.
O pior é o sorriso que se nega, é o amor egoísta, é o abraço que foge pra receber outros que não se importam.
O pior de tudo é essa sensação que eu tenho de que ele não precisa me dar nada, e mesmo assim eu peço. Mesmo assim eu desejo, e é tudo o que eu quero.
Nada nunca vai ser tão perfeito e bagunçado, nada nunca vai ser tão lindo e tão horrível, ninguém nunca vai ser tão amado e tão odiado.
-" Mas toda vez que eu procuro uma saída, acabo entrando sem querer na sua vida... Nem queria revirar esse sentimento revirado..."
- E aqui sentada, queria fechar os olhos e não abrir mais. Queria ver um sorriso, e me alegrar. No fundo eu sei que não vai acontecer! Mas tudo beeem... Na verdade não, mas eu supero
E a luz do sol não mais me satisfaz.
Aquele vazio que eu sentia estar chegando,
Veio com tudo e levou meu coração,
Meus sonhos, o sorriso, o ar...
E eu acabei ficando assim, perdida.
Acho que no fundo, era pra ser assim.
Eu sabia o que ia acontecer, no momento em que coloquei o pé na estrada,
Mas o desejo de mudar, de fazer diferente, me fez continuar
Na estúpida tentativa de ser feliz, mesmo sabendo que a felicidade não é um destino.
Hoje eu queria que fosse... o meu destino, a minha sina... mas não é.
Eu buscava um sentido, uma felicidade impossível.
E eu só queria saber porque é tão difícil pra mim, me recolher...
Eu não consigo. Eu vou com tudo, e depois fico assim.
Ele se vai, e quando ele parte, leva tudo comigo.
O pior não é a sensação de ser invisível aos olhos daqueles que amo,
Mas saber que o que ele leva, nunca mais volta. Fica somente o vazio.
É a vontade de me sentir completa, que me torna vazia.
Essa vontade me deixa oca... sem sentido...morta.
E o choro dói, mas alivia a dor de um amor que te tortura, que te machuca...
Por mais que eu tente, eu não consigo. Esse é o meu caminho, e essa é a minha sina.
A felicidade aparece de quando em quando... mas hoje não é suficiente.
Hoje eu não consigo olhar para o sol, e saber que tudo vai ser melhor amanhã...
Hoje eu não sei sentir as cores do céu...
Hoje eu não sei como me alegrar simplesmente com um sorriso amigo...
Nada é suficiente hoje... porque só tem um sorriso que eu desejo, só uma risada que eu quero ouvir...
Existe somente um abraço que eu gostaria de receber... só uma pessoas eu desejo ter nas mãos.
E o mais triste é que é a única pessoa que nunca vai poder me dar o que quero...
Nunca vai me dar o que eu preciso...
Sempre vai me deixar sozinha...
Nunca vai estar aqui quando eu preciso. E isso é bem mais que fato comprovado.
Talvez eu devesse ser mais forte, mas porquê?!
Eu nem sempre tive a certeza completa e absoluta, e nem esperava ter...
Mas longe dele eu não tenho certeza alguma, não tenho nenhuma completude, não sou absoluta em nenhum sentido.
Queria correr para algum lugar bem longe, e não olhar pra ninguém, não sentir nada... Mas eu não consigo.
Eu grito calada, e rezo para que alguém esteja ouvindo. E nesse momento vejo mais claro que o dia, o sorriso de minha avó...
Aquela pessoa maravilhosa, que como tudo, foi destinada a me deixar.
Aquele abraço apertado, eu nunca mais vou sentir. Aquele sorriso eu nunca mais vou ver. Mas eu entendo... ela não pode.
O pior é o sorriso que se nega, é o amor egoísta, é o abraço que foge pra receber outros que não se importam.
O pior de tudo é essa sensação que eu tenho de que ele não precisa me dar nada, e mesmo assim eu peço. Mesmo assim eu desejo, e é tudo o que eu quero.
Nada nunca vai ser tão perfeito e bagunçado, nada nunca vai ser tão lindo e tão horrível, ninguém nunca vai ser tão amado e tão odiado.
-" Mas toda vez que eu procuro uma saída, acabo entrando sem querer na sua vida... Nem queria revirar esse sentimento revirado..."
- E aqui sentada, queria fechar os olhos e não abrir mais. Queria ver um sorriso, e me alegrar. No fundo eu sei que não vai acontecer! Mas tudo beeem... Na verdade não, mas eu supero
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
A vontade de correr!
Acordo e sorrio para o sol que invade meu quarto e ilumina minha vida. As roupas não importam, e tudo o que eu quero é sair e caminhar, e sentir o brilho inundar a minha alma. Coloco aquela blusa vermelha de botões, um short jeans e calço meu all star, mais conhecido como aquele velho companheiro das melhores caminhadas da minha vida.
O cabelo ondulado cai, alcançando minha cintura, e os brincos amarelos transparecem a vontade de sorrir, escondendo o sorriso que ainda não quer se revelar.
As portas se abrem, e lá fora a natureza grita por mim, pedindo pra compartilhar essa beleza, que tanto parece ser reservada só para ela. Eu caminho, e meu coração faz música dentro de mim. E a batida acompanha o meu caminhar, que acelera como música que desesperadamente deseja crescer, e se tornar inesquecível.
E a caminhada não é mais suficiente, e eu vejo aquele sorriso no horizonte, tal como grande amor que me aguarda, e eu quase posso sentir aqueles braços me envolverem, e eu corro. Pela primeira vez, sem medo algum. Sem receio... e eu não me arrependo. Aqueles braços me tomam, e eu descubro o lugar ao qual pertenço... é aquele pescoço que se encaixa perfeitamente no meu, é aquele abraço que me aquece, é o sorriso que me alegra, é o beijo que me completa, são aquelas mãos que deslizam lentamente pelos meus cabelos, e fazem com que eu fique assim...
A felicidade realmente não é um destino, é uma condição... E descobrindo isso, eu percebo que sou feliz todos os dias, durante a maior parte deles.
E o mais importante não é ser feliz, mas viver do melhor jeito, buscando você mesmo e pessoas que te completem, tal como esse belo sorriso no horizonte. Nunca vi nada mais belo. É o sorriso tímido, que tenta se esconder, que tem medo de se mostrar, mas que sabe que sua revelação é o seu destino, é o caminho inevitável.
E tudo isso foi graças àquele sol, que eu permiti entrar em mim, e iluminar minha alma, que eu deixei me aquecer, e me levar por ele. É a felicidade em sua forma mais simples e sincera, essa que é inevitável.
O cabelo ondulado cai, alcançando minha cintura, e os brincos amarelos transparecem a vontade de sorrir, escondendo o sorriso que ainda não quer se revelar.
As portas se abrem, e lá fora a natureza grita por mim, pedindo pra compartilhar essa beleza, que tanto parece ser reservada só para ela. Eu caminho, e meu coração faz música dentro de mim. E a batida acompanha o meu caminhar, que acelera como música que desesperadamente deseja crescer, e se tornar inesquecível.
E a caminhada não é mais suficiente, e eu vejo aquele sorriso no horizonte, tal como grande amor que me aguarda, e eu quase posso sentir aqueles braços me envolverem, e eu corro. Pela primeira vez, sem medo algum. Sem receio... e eu não me arrependo. Aqueles braços me tomam, e eu descubro o lugar ao qual pertenço... é aquele pescoço que se encaixa perfeitamente no meu, é aquele abraço que me aquece, é o sorriso que me alegra, é o beijo que me completa, são aquelas mãos que deslizam lentamente pelos meus cabelos, e fazem com que eu fique assim...
A felicidade realmente não é um destino, é uma condição... E descobrindo isso, eu percebo que sou feliz todos os dias, durante a maior parte deles.
E o mais importante não é ser feliz, mas viver do melhor jeito, buscando você mesmo e pessoas que te completem, tal como esse belo sorriso no horizonte. Nunca vi nada mais belo. É o sorriso tímido, que tenta se esconder, que tem medo de se mostrar, mas que sabe que sua revelação é o seu destino, é o caminho inevitável.
E tudo isso foi graças àquele sol, que eu permiti entrar em mim, e iluminar minha alma, que eu deixei me aquecer, e me levar por ele. É a felicidade em sua forma mais simples e sincera, essa que é inevitável.
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